Cuidados paliativos no atendimento público hospitalar a importância do atendimento de pacientes jovens

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Flávia Martins Beduschi
Camila Oliveira Alcântara
Fabiano Moraes Pereira
Tatiana de Carvalho Espindola Pinheiro
Marco Túlio Gualberto Cintra
Maria Aparecida Camargos Bicalho

Resumo

OBJETIVO: Avaliar se o acompanhamento pela equipe de cuidados paliativos durante a internação hospitalar associa-se com o desfecho de alta hospitalar para o domicílio ou por óbito em pacientes jovens portadores de doenças crônicas incuráveis, destacando a importância no atendimento desta faixa etária. MÉTODOS: Foram coletados dados de 92 dos 601 prontuários do Serviço de Cuidados Paliativos de um hospital público universitário de Belo Horizonte (MG). Foram incluídos pacientes entre 18 e 45 anos portadores de doença crônica incurável. Os dados foram divididos em dois grupos: internações com desfecho de óbito e de alta domiciliar. Foram utilizados o teste qui-quadrado, o teste exato de Fisher e teste Mann-Whitney para análise das variáveis idade, sexo, diagnóstico primário, Escala de Performance Paliativa à internação e próximo à alta; indicação de internação hospitalar; indicação de encaminhamento à equipe de cuidados paliativos e indicadores de internação hospitalar. RESULTADOS: Pacientes entre 18 e 45 anos constituíram 15,3% da amostra total, com média de idade de 34 anos e predomínio do sexo feminino. Causas oncológicas representaram 94,6% dos diagnósticos. “Controle de sintomas” destacou-se em ambos os grupos como principal motivo de encaminhamento à equipe de cuidados paliativos. Na análise multivariada apenas os valores de Escala de Performance Paliativa inicial e final foram significativos para o desfecho óbito. CONCLUSÃO: Estes resultados reafirmam a importância do preparo profissional para reconhecimento da possibilidade de morte em jovens e a valorização dos cuidados paliativos.

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Artigos Originais