Glomerulonefrite aguda no Brasil: perfil epidemiológico das hospitalizações em um período de 10 anos

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Hildeman Dias da Costa
Wilyan Dias Cosmo de Oliveira
Wudson Henrique Alves de Araújo
Leandro Alves de Lima
Leo Christyan Alves de Lima
Ayrison de Melo Sousa
Mathews Barbosa Santiago

Resumo

Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico das hospitalizações por glomerulonefrite aguda no Brasil nos últimos 10 anos (entre 2013 e 2022). Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, descritivo, de caráter quantitativo, no qual os dados foram retirados a partir do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde - SIH/SUS. A pesquisa dos dados foi feita delimitando-se tanto as informações a nível nacional quanto a nível regional, tendo como variáveis pesquisadas: total de hospitalizações, sexo, cor/raça, faixa etária, média de permanência, óbitos e taxa de mortalidade. O período da pesquisa foi delimitado entre os meses de janeiro de 2013 e dezembro de 2022, o que corresponde a um período de 10 anos. Resultados: Foram registradas 49.077 hospitalizações por glomerulonefrite aguda entre 2013 e 2022 no Brasil. O total de internações em 2013 e 2022 foi de 5.715 e 3.509, respectivamente. A região nordeste apontou o maior número de internações, 21.582. O estado com o maior número de casos foi o Maranhão, 5.333 casos. O sexo masculino registrou 25.373 hospitalizações e o sexo feminino 23.704. A cor/raça parda apresentou o maior número de internações, 22.994. A faixa etária mais acometida foi a de cinco a nove anos, 12.997 hospitalizações. Entre os adultos, a faixa etária com maior número de casos foi a de 20 a 29 anos, 4.433 notificações. A média de permanência das internações foi de 6 dias. O total de óbitos foi de 260, sendo que em 2013 e 2022 foram registrados 26 e 26 óbitos, respectivamente. A Bahia apresentou o maior número de óbitos, 24. A taxa média de mortalidade entre 2013 e 2022 foi de 0,53. Em 20213 a taxa de mortalidade foi de 0,45 e em 2022 foi de 0,74. Conclusão: O perfil epidemiológico das hospitalizações foi caracterizado por meninos pardos na faixa etária de cinco a nove anos. Embora o número de internações tenha diminuído ao longo dos anos, essa doença ainda se apresenta de forma marcante principalmente nas regiões mais carentes do país, como a região nordeste e norte do Brasil. Diante disso, é de grande importância a melhoria das condições de saúde principalmente nessas regiões, como as condições de higiene e saneamento básico, além de investimentos na infraestrutura dos serviços de saúde, afim de melhorar o tratamento da glomerulonefrite, prevenir complicações renais e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

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Artigos Originais