Mudança no perfil bacteriológico em ambiente de Terapia Intensiva de um hospital majoritariamente geriátrico

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Michelle Simão
Bruno Vinícius da Rocha
Françoize Gai
Nathalia Pereira Rocha

Resumo

Introdução: Infecções Nosocomiais são um problema de saúde importante no Brasil, com aumento de morbimortalidade e custos do internamento. A pandemia do COVID19 favoreceu um ambiente propício para aumento da prevalência de bactérias multirresistentes, muitas vezes associadas a dispositivos invasivos em ambiente de Terapia Intensiva. Objetivo: Esse trabalho tem como objetivo realizar uma análise epidemiológica, tendo em vista a influência e possível impacto da pandemia por COVID-19 sobre o perfil bacteriológico e resistência a antibióticos em nosso hospital; bem como conhecer a sensibilidade/ resistência dessas bactérias. Método: Trata-se de um estudo observacional, transversal e retrospectivo. Serão analisados dados sobre uso de antibióticos, perfil de resistência antimicrobiana de amostras coletadas em outubro, novembro e dezembro de 2019 (pre-pandemia) e outubro, novembro e dezembro de 2020 (durante a pandemia), em Unidade de Terapia Intensiva. Resultados: A presente amostra foi composta por 378 exames, sendo 195 do período definido como pre-COVID19, e 183 do período pós início da pandemia por COVID-19. O aumento de infecções por bactérias multirresistentes durante o COVID 19 foi de fato confirmado estatisticamente: 29% vs 17%. Ou seja, uma chance 1,7x maior dos pacientes terem bactéria multirresistente. Conclusão: A hipótese do aumento da incidência de bactérias multirresistentes, principalmente Gram-negativas, percebida na prática diária, se confirmou em termos estatísticos. Isso é importante porque conhecer a epidemiologia local e, portanto, início precoce de antibiótico adequado, é capaz de reduzir em 50% da mortalidade dos pacientes com sepse na unidade de terapia intensiva.

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Artigos Originais