Rastreio de câncer na prática clínica: recomendações para a população de risco habitual

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Angélica Nogueira-Rodrigues
Ana Carolina Menezes de Souza
Andressa Bianchi Barbosa
Cecília Félix Penido Mendes de Sousa
Esther Rodrigues Mansur-Pantuzzo
Fernanda Bahia-Coutinho
Alexandre Valente Tobias
Brunno Freitas da Costa
Hélio Lúcio Pereira Júnior
Maria Luisa Moreira de Moura Lima
Alair Rodrigues Araújo

Resumo

Objetivo: Compilar as evidências da literatura e as recomendações das principais sociedades médicas mundiais para o rastreamento populacional de câncer, contextualizando com a relevância epidemiológica de cada subtipo da doença. Métodos: Trata-se de revisão narrativa da literatura, realizada por levantamento na base de dados PubMed® e consulta aos posicionamentos de instituições governamentais e sociedades médicas nas áreas específicas. Resultados: O rastreamento populacional sistemático foi recomendado apenas para as neoplasias de mama, colo do útero e colorretal, utilizando-se métodos, idade e periodicidade específicos. O rastreio do câncer de próstata mostrou-se controverso, e o pulmonar e o hepático recomendados apenas em tabagistas com alta carga tabágica e cirróticos, respectivamente. Não houve evidência para se recomendar atualmente o rastreamento sistemático da população geral para as neoplasias de pele, tireoide, esôfago, estômago, pâncreas, ovário, endométrio, bexiga, rins, dentre outras. Conclusão: O exame periódico de saúde do paciente saudável abrangeu a prevenção e o rastreamento do câncer para redução de morbidade e mortalidade pela doença, e a estratificação das evidências atuais teve o potencial de melhorar o direcionamento dos esforços, aumentando a cobertura, havendo maior benefício e reduzindo riscos e custos de exames desnecessários.

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Artigos de Revisão