SÃO PAULO - Operários de indústria expostos a altos níveis de formaldeído tiveram maior probabilidade de morrer de câncer do sangue do sistema linfático que trabalhadores com exposições baixas, de acordo com estudo publicado nesta terça-feira, 12, por pesquisadores do instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos.

 

documento Artigo: Mortality From Lymphohematopoietic Malignancies Among Workers in Formaldehyde Industries: The National Cancer Institute Cohort

Mas o risco de morrer desses cânceres caiu com o tempo após o fim da exposição, de acordo com Laura E. Brane Freeman, principal autora do trabalho. O estudo foi publicado online pelo  Journal of the National Cancer Institute.


O estudo analisou cerca de 14 mil mortes entre mais de 25 mil trabalhadores, na maioria homens brancos, antes de 1966 em 10 fábricas produtoras de formaldeído e de resina de formaldeído.

 

Após 40 anos de acompanhamento, os pesquisadores determinaram que os trabalhadores com mais alto nível de exposição tinham 37% mais chance de morrer de todas as modalidades de câncer sanguíneo ou linfático, em comparação com os trabalhadores de nível de exposição mais baixo.

 

Este é um risco menor para esses cânceres que o identificado no mesmo grupo há 10 anos, quando a probabilidade era 50% maior que a encarada por trabalhadores com baixo nível de exposição, o que indica que o risco diminui com o passar do tempo.

 

A exposição terminou por volta de 1980 para a ampla maioria dos trabalhadores, que se aposentaram ou assumiram funções administrativas. Os pesquisadores rastrearam as mortes por câncer entre eles até 2004.

Fonte:OESP, 20 DE MAIO DE 2009.