WASHINGTON, EUA (AFP) - Brasil, Estados Unidos, Argentina, México e Uruguai criaram uma aliança para desenvolver pesquisas conjuntas sobre o câncer e melhorar o tratamento da doença no continente, informaram nesta quinta-feira, em um comunicado.

A rede permitirá cooperação em termos de pesquisa sobre o câncer, programas de capacitação multinacionais e colaboração em tecnologia para o tratamento da doença, destacou o americano Instituto Nacional do Câncer (NCI, por sua sigla em inglês).

 

Os Estados Unidos já haviam assinado em junho com o Chile uma carta de intenção para se juntar à iniciativa.

 

"A união das nações hoje é, sem dúvida, um símbolo de nosso compromisso comum em avançar na pesquisa do câncer", destacou o diretor do NCI, John Niederhuber.

 

O doutor Niederhuber destacou que, ao unir os esforços de pesquisadores dos Estados Unidos e da América Latina, podemos conceber novos conhecimentos sobre as tendências do câncer, desde grupos pequenos até grandes populações.

 

Os países da aliança estarão unidos por meio de uma rede informática que permitirá aos investigadores a troca de dados e de conhecimentos de forma rápida.

 

"Um de nossos objetivos principais é traduzir as descobertas e a nova informação da pesquisa básica e clínica para aumentar as plataformas tecnológicas e, em última instância, salvar vidas", disse o ministro de Ciência e Tecnologia argentino, Lino Barañao.

 

"A rede ajudará a melhorar o progresso na luta contra o câncer no Brasil, ao mesmo tempo em que beneficiará nossos países irmãos da América Latina e a população hispânica ou latina dos EUA", disse o diretor do Instituto Nacional do Câncer do Brasil, Luiz Antonio Santini,

 

O câncer é uma das três doenças que causam mais mortes na América Latina, além de atingir com força os hispânicos nos Estados Unidos, que calculam que devem representar 20% da população deste país em 2020, indicou o NCI.

Fonte: AFP, 1 de outubro de 2009.