Pesquisa feita pela Nossa São Paulo com cerca de 1,5 mil de paulistanos mostra que a maioria dos moradores da capital, ou mais de 70%, está descontente com os serviços de saúde que a cidade oferece.

O tempo médio entre a marcação e a realização de exames e consultas lidera a lista de insatisfações, com índices de reprovação de 73% e 74%, respectivamente. Para conseguir uma consulta, o tempo médio referido pelos entrevistados é de 65 dias e, para a realização de exames, o período sobe para 77 dias.

O tempo médio entre a marcação e a realização de procedimentos mais complexos como cirurgias e exames especializados também foi criticado por 73% dos entrevistados. A dificuldade para agendar consultas, retornos, exames e resultados foi apontada por 71%.

A pesquisa indica que 75% dos entrevistados ou pessoas de suas famílias utilizaram algum serviço de saúde pública nos 12 meses anteriores a dezembro de 2009.

Todas as categorias do serviço de saúde pública analisadas apresentaram queda na qualidade de janeiro de 2008 para dezembro de 2009. A satisfação quanto à distribuição gratuita de medicamentos caiu de 7,6 pontos para 7,2 pontos. Outros quesitos como prevenção a doenças e epidemias, serviços de ambulância, tratamentos de doenças, atendimento ambulatorial e de emergência também tiveram níveis menores em 2009.

A distância de postos de saúde (referida por 42% dos entrevistados), pronto-socorros (52%) e hospitais (56%) também é um fator de descontentamento para moradores da capital.

Apenas as campanhas de vacinação tiveram boa avaliação para os entrevistados e estão entre os dez aspectos com maior nível de satisfação em toda a pesquisa, com média de 6,8 pontos (em uma escala que vai de 0 -totalmente insatisfeito- a 10 -totalmente satisfeito).

Fonte: FSP, 19 DE JANEIRO DE 2010