Pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos EUA, especializados em nanotecnologia criaram uma molécula capaz de, após injetada na corrente sanguínea, encontrar artérias endurecidas e tratá-las. Batizadas pelos cientistas como "nanoburrs" (nanorrebarbas), elas seriam capazes de identificar apenas as células danificadas nas paredes das artérias e empregar drogas para tratá-las no lugar específico, oferecendo uma nova abordagem terapêutica contra doenças cardíacas.

O endurecimento das artérias que suprem o coração, ou aterosclerose, pode eventualmente levar a bloqueios na corrente sanguínea, provocando infarto. O tratamento atual para o problema tem sido o uso de pequenos balões de ar para abrir as artérias, preenchidas com tubos chamados stents, que as mantêm abertas. Porém, muitas vezes, o processo provoca rápido crescimento do tecido ao redor do stent, o que pode levar a um novo bloqueio – daí a importância do recente uso de stents que liberam drogas por alguns dias, para controlar esse processo.

De acordo com os pesquisadores, a vantagem da nova molécula é a aplicação das drogas nos lugares exatos, aumentando a sua eficiência e permitindo o uso em todos os casos nos quais um tecido celular estivesse comprometido de maneira semelhante, incluindo alguns tipos de câncer e de doenças inflamatórias. Mas especialistas advertem que ainda pode levar vários anos para que a técnica comece a ser testada efetivamente em pacientes humanos.

Fonte:Boa Saúde Blog, 19 de janeiro de 2010