Neste último dia 6 de fevereiro de 2009, o FDA (Food and Drug Administration) aprovou o primeiro cateter para ablação, por radiofrequência, da fibrilação atrial (NaviStar ThermoCool saline irrigated radio-frequency ablation catheter).

O FDA se fundamentou em um estudo clínico realizado em 167 pacientes, de 19 centros médicos, dos Estados Unidos, Brasil, Canadá, República Tcheca e Itália. O estudo demonstrou que esse equipamento era seguro e efetivo em eliminar esta arritmia durante um ano, em aproximadamente 63% dos pacientes tratados. 

A fibrilação  atrial é uma arritmia cardíaca originada nos átrios (câmaras cardíacas superiores) e que pode ser de ocorrência aguda (paroxística) ou permanente. Durante a fibrilação atrial, os átrios não se contraem, apenas “tremem”, devido a uma atividade elétrica caótica.

A permanência da fibrilação atrial poderá acarretar o aparecimento de complicações como a insuficiência cardíaca (coração fraco) e a formação de coágulos (trombos) que, ao saírem para fora do coração, podem obstruir artérias do cérebro, causando um derrame cerebral. 

Quando essas arritmias são recorrentes e a necessidade de reversão para o ritmo normal do coração (com medicamentos ou choques elétricos, as chamadas cardioversão química e elétrica), torna-se repetitiva, estes casos poderão ser encaminhados para o estudo eletrofisiológico.

Este é um estudo invasivo, através de cateteres, no sistema elétrico do coração, que permite a identificação e a remoção do foco da arritmia cardíaca, através de um procedimento chamado de ablação por radiofrequência. Este tipo de ablação, que utiliza um cateter especial, "destroi" o foco de origem da arritmia cardíaca. 

Fonte: FDA(2009).

Texto revisado por Nícia Padilha.

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