Medir os níveis das drogas anti-HIV em amostras de cabelo, em lugar de medi-los no sangue, pode ser melhor para descobrir se os medicamentos estão sendo eficazes ou não, segundo pesquisa da Universidade da Califórnia, nos EUA. De acordo com os autores, as avaliações do sangue podem não refletir a adesão do paciente ao tratamento, já que fatores como a dieta podem interagir com as drogas antiretrovirais, causando variações.

 

Avaliando amostras de cabelo de 224 mulheres que haviam começado um novo regime antiretroviral, os cientistas descobriram que, com o aumento nos níveis das drogas no cabelo, havia um aumento nas chances dos níveis de HIV estarem diminuindo. E se os níveis de HIV continuassem aumentando na amostra, mesmo com altos níveis da droga, isso indicaria que o vírus poderia estar se tornando resistente aos agentes utilizados. 

 

Segundo os autores, o aumento do vírus e a redução da droga na amostra poderia sugerir uma não adesão do paciente ou o uso de outra droga que atrapalha a absorção do antiretroviral. O objetivo agora é testar o método para redução dos efeitos colaterais dessas drogas