Avaliando mais de mil pacientes com idade média de 69 anos e sem demência, pesquisadores holandeses observaram que aqueles que haviam usado medicamentos anti-coagulantes, como aspirina e carbasalato de cálcio, tinham mais chances de terem micro-hemorragias visíveis na ressonância magnética. E a relação era mais forte naqueles que tomavam maiores doses dessas drogas, comumente usadas para prevenir ou tratar doença cardíaca.
Os resultados indicaram que micro-hemorragias no lobo frontal eram mais comuns entre os usuários de aspirina do que nos de carbasalato de cálcio. E não houve associação dessas hemorragias com outros tipos de drogas anti-coagulantes.
“Há, atualmente, um interesse principal nos riscos de sangramentos com o uso de tratamentos antitrombóticos e antitrombolítico em pessoas que têm micro-hemorragias que são aparentes em ressonância magnética, porque isso pode afetar o tratamento de pacientes com doença cardiovascular ou cerebrovascular”, explicaram os autores.
Os especialistas lembram que os benefícios desses medicamentos superam seus riscos de sangramentos. Mas que, para alguns pacientes, como aqueles que apresentam histórico de hemorragias, deve-se ter mais cuidado na administração de anti-coagulantes.
EurekAlert. Public release. 13 de abril de 2009.
Fonte: Bibliomed