A inclusão das fotos nos maços e o aumento do espaço ocupado pelas advertências foi implementado em 2002. Em abril deste ano, o Brasil começou a medir o impacto da medida com um levantamento que integra o International Tobacco Control Policy Evaluation Project (ITC Project), pesquisa internacional sobre políticas de controle do tabaco que pela primeira vez está sendo aplicada no país.
A pesquisa está sendo realizada em três capitais - Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre - com um universo de 1.800 pessoas, fumantes e não-fumantes, que serão acompanhadas por no mínimo três anos. A cada mudança na política de controle do tabaco no país, as mesmas pessoas serão entrevistadas. A primeira etapa da pesquisa brasileira será concluída ainda no primeiro semestre deste ano. Para o início de 2010, está previsto o início da segunda fase, que vai avaliar o impacto das novas imagens de advertência, que começaram a ser veiculadas este mês.
Dos 17 países em que a pesquisa já foi aplicada, o Brasil aparece em segundo lugar na questão de fumantes com intenção de parar de fumar - 80% dos ouvidos querem deixar o cigarro.
CONHECIMENTO SOBRE O FUMO E SEUS EFEITOS SOBRE A SAÚDE FONTE: ITC BRASIL | ||||||||||||||||||||||||||||||
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Conclusões
Os resultados preliminares, que incluem a opinião de 717 brasileiros das três capitais (entre fumantes e não-fumantes), constatou que:
- 91,8% dos fumantes ouvidos disseram que se pudessem voltar atrás, não teriam começado a fumar (61.0% concordaram fortemente e 30.8% concordaram);
- 50% dos fumantes e 28% dos não-fumantes reparam nas imagens de advertência dos maços frequentemente ou muito frequentemente;
- 32,7% dos fumantes leram ou olharam atentamente para as advertências dos rótulos frequentemente ou muito frequentemente;
- 43.8% dos fumantes fizeram esforço para evitar olhar ou pensar sobre as advertências;
- 56.8% dos fumantes acham que os maços deveriam ter ainda mais informações de saúde do que possuem agora. Apenas 1,9% quer menos informação (entre não fumantes, 70.5% quer mais informação e apenas 1,3% quer menos).
Fonte: uol, 27 de maio de 2009