Estudos demonstram que o controle da pressão arterial pode ser melhorado quando um farmacêutico clínico está envolvido no acompanhamento do paciente. E uma nova pesquisa da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, confirma que a intervenção cooperativa – envolvendo médico e farmacêutico – apresenta índices de controle significativamente melhores de redução da pressão arterial.

Em estudo prospectivo e randomizado, os pesquisadores avaliaram se um modelo de atenção colaborativa envolvendo médicos e farmacêuticos poderia melhorar o controle da pressão arterial em hipertensos. Foram avaliados 402 pacientes (com idade média 58,3 anos) com hipertensão arterial não-controlada. E os resultados, publicados em novembro na revista Archives of Internal Medicine.

Os farmacêuticos clínicos fizeram recomendações aos médicos a respeito da terapia medicamentosa com base em diretrizes nacionais. E os valores médios de adesão aumentaram de 49,4 no início do estudo para 53,4 em seis meses (8,1% de aumento) no grupo controle, e de 40,4 para 62,8 em seis meses (55,4% de aumento) no grupo sob intervenção.

A média de redução da pressão arterial foi de 6,8/4,5 mmHg no grupo controle e 20,7/9,7 mmHg no grupo de estudo. A diferença corrigida da pressão sistólica foi -12,0 mmHg, e da pressão diastólica foi -1,8 mmHg. Os níveis de pressão em 24h apresentaram efeitos semelhantes. A pressão foi controlada em 29,9% dos participantes no grupo controle, e em 63,9% daqueles no grupo sob intervenção. "A intervenção cooperativa alcançou índices de controle significativamente melhores de redução da pressão em comparação com o grupo controle", concluíram os autores.

Fonte: Arch Intern Med. Volume 169, Number 21, 23 Nov 2009. Pages 1996-2002

Fonte: Bibliomed, 11 de dezembro de 2009.