Os efeitos do óleo de peixe parenteral em pacientes sépticos não são amplamente estudados. Vinte e cinco pacientes com síndrome de resposta inflamatória sistêmica ou sepse, com previsão de necessidade de nutrição parenteral foram randomizados para receber uma mistura 50:50 de ácidos graxos de cadeia média e óleo de soja, ou uma mistura 50:50 de ácidos graxos de cadeia média, óleo de soja e óleo de peixe, administradas durante 5 dias a partir da admissão.

O óleo de peixe aumentou os ácidos eicosapentanóicos na fosfatidilcolina plasmática (p,0,001). A concentração plasmática de IL-6 diminuiu significativamente mais, e a de IL-10 significativamente menos no grupo que recebeu óleo de peixe (p<0,001). No 6° dia a razão PO2/FiO2 foi significativamente maior no grupo óleo de peixe (p=0,047) e houve poucos pacientes com razão PO2/FiO2 < 200 e < 300 no grupo óleo de peixe (p=0,001 e p=0,015, respectivamente). Os dias de ventilação, permanência no CTI e mortalidade não foram diferente entre os 2 grupos.

O grupo óleo de peixe apresentou tendência a uma menor permanência hospitalar que se tornou significativa apenas (p=0,044) quando apenas os sobreviventes foram incluídos.

A pesquisa concluiu que a inclusão de óleo de peixe na nutrição parenteral aumentou a concentração de ácidos eicosapentanóicos em pacientes sépticos, modificou as citocinas inflamatórias e melhorou a troca gasosa, além de uma tendência a um menor período de internação hospitalar.

Critica l Care. Volume 14, Issue 1, 19 Jan 2010. Page R5

Fonte: Bibliomed, 26 de fevereiro de 2010.