Um estudo populacional avaliou 1.369 pacientes hospitalizados com o diagnóstico de um primeiro infarto do miocárdio (ataque cardíaco), entre os anos de 1992 até 1994. Estes pacientes eram da cidade de Estocolmo (Suécia) e faziam parte de um grande estudo epidemiológico chamado Stockholm Heart Epidemiology Program.

Os participantes do estudo eram avaliados através de um questionário sobre o seu consumo de café, durante o ano que precedeu o quadro de infarto do miocárdio. Estes pacientes foram acompanhados clinicamente até o ano de 2001. Durante este período de tempo 289 destes pacientes morreram.  

Os pacientes infartados que consumiam menos de uma xícara de café por dia, quando comparados com aqueles que consumiam pelo menos um xícara de café ou mais, apresentavam um maior risco de morte. A análise estatística dos resultados demonstrou uma redução no risco relativo de infarto de 32% para os consumidores de uma a 3 xícaras por dia, 44% para 3 a 5 xícaras , 48% para 5 a 7 xícaras e 42% para mais que 7 xícaras por dia. 

A ingestão de café não aumentava o risco de hospitalizações, insuficiência cardíaca ou derrame cerebral. Os autores do estudo concluíram que a ingestão de café estava associada a uma redução do risco de morte em pacientes vítimas de um infarto do miocárdio. Caso esses resultados se confirmem em outros estudos, os mecanismos dessa associação deverão ser melhor investigados.

Fonte: Am Heart J(2009).

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