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Verwoert GC; Mattace-Raso FCU; Hofman A et al “Hipotensão ortostática e risco de doença cardiovascular na população idosa: Estudo Roterdam”. Journal of American Geriatric Society 2008;56:1816-1820.

 

Os autores estudaram 5.064 indivíduos com idade igual ou superior a 55 anos, avaliando-os através de medida da pressão arterial feita por esfigmomanômetro automático Dinamap. Definiu-se hipotensão ortostática como uma queda na pressão sistólica de 20mmHg ou mais, ou queda na pressão diastólica de 10 mmHg ou mais, com a mudança de decúbito para a posição de pé em qualquer uma das medidas feitas 1, 2 e 3 minutos após essa mudança.

Evidenciou-se a presença de hipotensão ortostática (HO) em 901 indivíduos. No seguimento (6,0 ± 3,5 anos), 668 apresentaram doença arterial coronariana (DAC) e 1.835 indivíduos morreram (7,8 ± 3,8 anos). A HO aumentou o risco de DAC (R.C.: 1,31; 95% IC: 1,08-1,57) e de todas as causas de mortalidade (R.C.: 1,22; 95% IC: 1.09-1,36) em modelos ajustados para idade e sexo. O risco foi ligeiramente menor quando se fez ajuste adicional para os fatores de risco cardiovascular. Em análise estratificada para idade, a Razão de Chance para todas as causas de mortalidade foi, respectivamente, 1,80 (95% IC: 1,25-2,60), 1,13 (0,89-1,42) e 1,27 (1,11-1,44) no primeiro (55-63 anos), segundo (63,1-71 anos) e terceiro (71,4-98,7 anos) tercil de idade.

Dessa forma, os autores concluíram que a HO aumenta o risco de DAC e de todas as causas de mortalidade na população idosa. O risco de doença cardiovascular é maior entre os indivíduos mais jovens (55-63 anos) e nos muito idosos (71,4-98,7 anos).