Dentro de uma proposta de extensão acadêmica, a Escola Paulista de Clínica Médica (EPCM) abre inscrições para o inédito Curso de Direito em Saúde, que será realizado no primeiro semestre de 2016, nas modalidades presencial e online. Coordenado pelo Diretor da EPCM, Antonio Carlos Lopes e por um dos mais conceituados juristas brasileiros, José Manoel de Arruda Alvim Netto, o curso com duração de dois dias, abordará temas como: Principais aspectos sobre o direito e medicina, Estágio atual da responsabilidade civil do médico, Ética e a profissão do médico, Código de ética Médica, Julgamento Simulado, Morte Digna e Responsabilidade Penal do Médico.

As inscrições estarão abertas em breve pelo site www.escoladeclinicamedica.com.br

Pesquisa realizada pelo instituto Datafolha a pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM) mostra que é grande a insatisfação dos usuários dos planos de saúde: 42% dos entrevistados classificaram os serviços oferecidos pelas operadoras como péssimos, ruins ou regulares. “Isso mostra que a diferença entre os setores público e privado está cada vez menor e não por uma melhora do primeiro, mas devido a uma piora da saúde suplementar”, avalia o presidente do CFM, Carlos Vital.

No geral, 17% dos entrevistados usuários do sistema suplementar responderam estar aguardando do plano de saúde autorização para a realização de um atendimento.  Desses, 52% esperam por uma consulta; 24%, cirurgias, 23%, exames e 1% por outros procedimentos. O tempo de espera é, para a maioria dos casos (63%), de até um mês. 25% esperam de um a seis meses, 4% até um ano e 8%, mais de 12 meses.  “O pior é que, muitas vezes, as demoras e dificuldades são planejadas para que o paciente seja obrigado a procurar o SUS”, conta Carlos Vital.

Para o coordenador da Comissão de Saúde Suplementar (Comsu), Salomão Rodrigues Filho, a aproximação entre as avaliações dos setores público e privado decorre de regras do setor suplementar, que, por um lado desvalorizam o trabalho dos prestadores de serviço (médicos e outros profissionais), e, por outro, permitem a recusa de procedimentos e exames, prejudicando o paciente. “Isso vem gerando uma insatisfação crescente, tanto entre os médicos, que deixam de atender pelos planos de saúde porque a remuneração teve uma perda significativa nos últimos doze anos, quanto entre os pacientes, que ficam sem o atendimento”, resume.

A relação entre o humanismo e a prática da medicina é objeto de inúmeros estudos, pesquisas e artigos no Brasil e no mundo. São várias as linhas de pensamento. Há, contudo, algumas premissas unânimes. Cito, por exemplo, a que atribui a desumanização às falhas do sistema e à falta de políticas de saúde consistentes.

Destaco, sem medo de errar, que parte do problema também se deve à decadência do aparelho de ensino, à formação insuficiente, à desvalorização do papel do médico. A turva visão social de alguns gestores é outro motivador da medicina se afastar cada vez mais de sua essência.

Salta aos olhos nos dias de hoje o descompromisso com os cidadãos por parte de hospitais de grande porte da rede pública. Seja para manter privilégios de uma casta e/ou em virtude da incompetência administrativa, há instituições de renome cancelando cirurgias e consultas, garantindo apenas atendimento básico em urgência e emergência. Assim, mesmo com ressalvas.

Por iniciativa do conceituado clínico, cardiologista e professor, Antonio Carlos Lopes, foi fundada, em 2015, a primeira escola médica temática do país, a Escola Paulista de Clínica Médica (EPCM). A entidade tem como missão incrementar a formação do estudante de medicina, especialmente aquele que está no 4º ano do curso, além de promover atualização e reciclagem do médico.

Imersa no que há de mais avançado em termos de tecnologia, a EPCM tem infraestrutura para oferecer cursos presenciais e à distância, com potencial para beneficiar também residentes e médicos de todas as regiões do país.

Seu modelo pedagógico inovador valoriza a verdadeira educação médica baseada na conduta humanística, estímulo à relação médico-paciente e atuação à beira do leito. Tem como filosofia a busca pela formação global do médico, oferecendo ferramentas para construção do próprio conhecimento e habilidade de enxergar o doente além da doença que o acomete.

Por isso, a EPCM investe em um currículo emancipatório, flexível, atual e baseado na comunidade, contemplando o saber emergente. Além das disciplinas convencionais, agrega temas de enorme relevância para a atuação profissional do médico, como Construção de Valores, Gestão em Saúde, Humanidades, Direito em Saúde, Ética e Bioética.

1º Curso Integrado de Clínica Médica

A EPCM iniciou suas atividades acadêmicas no último dia 12 de setembro com a realização do 1º Curso Integrado de Clínica Médica. Com a participação de professores altamente qualificados, o curso de 32 horas tem modelo pedagógico atual e metodologia de ensino avançada, além de possuir currículo à altura dos anseios de todos aqueles que exercem a Clínica Médica no Brasil. Voltado para médicos e estudantes de Medicina, pretende ampliar o conhecimento nos temas de maior relevância da especialidade, fornecendo importantes ferramentas para complementar a formação acadêmica. “O raciocínio clínico tem sido a base de todas as exposições que fazem a diferença na atuação do médico, já que este profissional muitas vezes acaba se diferenciando no diagnóstico e se igualando no tratamento. Temos certeza absoluta de que todos os participantes estão aproveitando bastante a experiência”, afirmou Antonio Carlos Lopes, diretor da EPCM.

No início de 2016, a entidade abrirá vagas para o Curso de Clínica Médica, que terá 360 horas e será voltado para estudantes do 4º ano de medicina. “Todos poderão aproveitar ainda mais essa proposta de um curso diferente que valoriza a fisiopatologia e a etiopatogenia, o que infelizmente não é abordado da maneira como deveria nas escolas médicas”, completou.

Para saber mais sobre o curso e se inscrever na modalidade online, acesse o site: epcm.cursoemmedicina.com.br.



De 8 a 11 de outubro a cidade de Florianópolis (SC) recebeu cerca de 5 mil médicos e estudantes de medicina para o 13º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência que tiveram como tema central a formação médica e o papel do clínico no contexto brasileiro. Foram ao todo 173 palestrantes que se dividiram em 51 conferências, 15 colóquios e 45 mesas redondas, somando 296 aulas e 20 discussões de casos clínicos. O evento também teve inscrição de 1029 trabalhos científicos, dos quais 944 foram aprovados para apresentação. “Este evento de tamanha magnitude representou uma valiosa oportunidade de troca de experiências com profissionais de várias regiões do país”, avaliou o vice-presidente da SBCM, César Alfredo Pusch Kubiak. Para ele, como o conhecimento médico se renova periodicamente, o profissional que não participa desse tipo de ambiente de reciclagem, atualização e democratização de conhecimentos acaba ficando marginalizado. 

Vinicius Dalmoro, aluno do 8º período de Medicina da Unisul/Pedra Branca, esteve presente nos quatro dias de eventos, ressaltou a relevância de se ter contato com assuntos que nem sempre contemplam os currículos e o privilégio de ter contato com médicos com grande experiência em Clínica Médica: “O Congresso trouxe vários temas que as vezes não temos a oportunidade de discutir na faculdade”.

Para a palestrante Helena Elisa Piazza, professora coordenadora das disciplinas de Semiologia da Unisul, supervisora da Residência de Clínica Médica do Hospital Geral Celso Ramos, em Florianópolis, o congresso foi um sucesso absoluto de público e de conteúdo científico. “Tivemos professores excelentes e aulas extremamente dinâmicas, além das discussões de casos clínicos que contaram com participação ativa da plateia na construção do conhecimento”, afirmou.

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