Fonte: CFM

No encerramento do Fórum sobre a Maconha – causas, consequências e prevenção, realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) nos dias 28 e 29 de março, em Brasília, o conselheiro Emmanuel Fortes, relator da Resolução CFM nº 2.113/14, que trata do uso compassivo do canabidiol no tratamento de epilepsias em crianças e adolescentes, adiantou que uma possível atualização da resolução será baseada no avanço da ciência, levando em perspectiva o isolamento das substâncias canabidiol e THC. “O CFM tem a responsabilidade de dizer o que o médico pode, ou não, fazer. Não podemos agir de acordo com os nossos desejos, nossas emoções, mas de acordo com as evidências científicas”, afirmou.

Emmanuel Fortes foi o moderador da mesa redonda “Maconha: quais são as evidências científicas dos riscos e benefícios no uso medicinal ou recreativo”, última atividade do Fórum. A primeira apresentação da mesa foi realizada pela presidente de honra da Associação Brasileira de Epilepsia e neurologista do hospital universitário da Universidade de São Paulo, Laura Guilhoto, que falou sobre as evidências científicas acerca do uso de medicamentos a base de THC e CBD (canabidiol). “São necessários mais ensaios clínicos”, concluiu a pesquisadora.

De acordo com Laura Guillhoto, revisões feitas internacionalmente mostraram que o uso do CBD melhorou a espasticidade em pacientes com esclerose múltipla, mas é ineficaz no tratamento do Parkinson e com eficácia desconhecida para a epilepsia. Já o medicamento Epidiolex, autorizado pelo FDA, melhorou os sintomas dos pacientes com Síndrome de Dravet. Estudo realizado na década de 1980 feito pelo professor brasileiro Elisaldo Carlini, da Unifesp, no uso do CBD para o controle de crise epilépticas mostrou-se eficaz, porém, o número de 16 pacientes é considerado pequeno. Ao final, ela ressaltou que um novo fármaco é muito bem-vindo e novas pesquisas, com um maior número de pacientes e por longo prazo, devem ser realizadas. A apresentação pode ser acessada aqui.

Em seguida, a professora do curso de Farmácia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Virgínia Carvalho, apresentou os estudos que estão sendo realizados no projeto Farmacannabis, coordenado por ela, que visa avaliar a segurança da terapia com extratos da cannabis, realizando a padronização e o controle. Após mostrar um panorama das pesquisas realizadas no Brasil sobre o uso da substância para o tratamento de epilepsia, ela defendeu o potencial terapêutico do produto no tratamento de doenças degenerativas. “Temos, no entanto, muitos desafios a superar. Por isso é importante que as pesquisas continuem sendo realizadas”, defendeu. Hoje, um dos principais problemas está na posologia indicada para cada paciente. Acesse a apresentação aqui

Medicina do desejo – Após apresentar um amplo levantamento sobre as pesquisas envolvendo o uso de canabinóides no tratamento de várias doenças, o conselheiro federal e psiquiatra Leonardo Sérvio Luz, defendeu a Resolução CFM nº 2.113/14. “Diante da falta de evidências científicas que comprovem a segurança e a eficácia dos canabinóides, só é aceitável, no momento, seu uso em ensaios clínicos controlados ou, no contexto do uso compassivo e na falta de alternativas terapêuticas em crianças e jovens adultos com crises epilépticas refratárias aos tratamentos usuais”, argumentou.

Leonardor Luz afirmou entender a posição de pais que lutam para que mais medicamentos, ainda em fase dos testes clínicos, sejam liberados, mas que há uma diferença entre a medicina do desejo e as evidências científicas. “Nós, como entidade responsável por dizer o que o médico pode ou não fazer, não podemos agir de acordo com o desejo. Temos de nos ater às pesquisas. E, por enquanto, a conclusão é que faltam estudos com um maior número de participantes e de longo prazo”, argumentou. A apresentação pode ser acessada aqui.

Preocupado com as consequências da liberação da maconha, o diretor médico do Centro de Assistência Toxicológica do Instituto da Criança do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Ceatox) e assessor da OMS no programa de segurança de medicamentos, Anthony Wong, posicionou-se contra o uso da maconha, principalmente entre os jovens. “Nos estados americanos onde o uso recreativo foi liberado, houve três vezes mais suicídios, mais casos de depressões graves, de esquizofrenia, infarto e lesões pulmonares”, argumentou. Para o médico, os benefícios terapêuticos do uso da maconha são menores do que os malefícios. Acesse aqui a apresentação.

O último palestrante do Fórum foi o psiquiatra e membro da Câmara Técnica de Psiquiatria do CFM , Juberty Antonio de Souza, que mostrou as contradições e conflitos sobre o tema. “Tanto o CFM como a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) somos contrários ao à liberação da maconha, por uma questão de saúde pública. É um tema que merece um amplo debate da sociedade”, afirmou.

A apresentação pode ser acessada aqui. http://portal.cfm.org.br/images/PDF/2019_forum_maconha_juberty.pdf

 

Informar os brasileiros sobre as doenças cardiovasculares, entre elas o AVC, com destaque ao fato de serem atualmente primeira causa de mortes no mundo. Esse é o objetivo da campanha Mulher Coração, da Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM), que acaba de ganhar um reforço da estrela do primeiro time da dramaturgia brasileira: a atriz global Maitê Proença, protagonista de sucessos como O Salvador da Pátria, Vila Madalena e Felicidade.

“É uma importante iniciativa para mostrar a importância de hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, exercícios físicos regulares e lazer, para a prevenção dos males cardiovasculares” pontua Maitê.

Também conhecido por “derrame cerebral”, o AVC acontece quando há obstrução em um dos vasos sanguíneos presentes no cérebro, o que faz com que partes dele deixem de funcionar adequadamente. Segundo o dr. Antônio Carlos Lopes, presidente da SBCM, má formação vascular cerebral, processo inflamatório das artérias do cérebro, vasculite, embolia cerebral, aterosclerose cerebral e vasos cerebrais, hipertensão arterial e diabetes maltratadas são alguns dos motivos que levam precocemente a problemas nas artérias cerebrais.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o Brasil apresenta a quarta taxa de mortalidade por AVC entre os países da América Latina e Caribe e que a cada 6 segundos uma pessoa morre por conta da doença que atinge um sexto da população global. Trata-se da terceira maior causa de óbito entre a população feminina.

A Associação Norte-Americana do Coração aponta que as mulheres, de todas as idades, correm mais riscos de sofrer um acidente vascular cerebral do que os homens porque são acometidas mais frequentemente por fatores de risco como enxaquecas, depressão, diabetes e arritmia cardíaca.

Visando à conscientização sobre esse problema global e outros eventos cardiovasculares, a SBCM promove, desde 2016, a campanha permanente Mulher Coração, com a meta de mantê-la em circulação até que os indicadores, cada vez mais negativos, regridam.

Antônio Carlos Lopes faz um alerta para os cuidados preventivos para as doenças cardiovasculares, destacando que a visita ao médico deve ser regular para prevenir, e também para saber se há fatores de risco familiares:

“Após os 40 anos, as consultas devem ser periódicas. Além disso, o bom funcionamento do coração e do sistema vascular depende de hábitos saudáveis desde sempre, o que inclui alimentação balanceada, exercícios físicos regulares e lazer. Esses hábitos auxiliam na saúde física e mental e na redução do risco de doenças cardíacas. Também melhoram a autoestima, amenizam os sintomas da depressão e da ansiedade, e fortalecem o organismo, ocasionando aumento da qualidade de vida”, pontua o o Dr. Antônio Carlos Lopes.

A campanha Mulher Coração tem como embaixadora a empresária Viviane Senna, diretoria do Instituto Ayrton Senna. Com patrocínio institucional da Marjan Farma, já soma madrinhas/padrinhos como Ana Maria Braga, Aulus Selmer, Paula Lima, Neka Menna Barreto, Malu Mader, Betty Faria, e agora Maitê Proença, só para citar alguns.

Junte-se a nós. Mantenha seu coração saudável e cada vez mais feliz. Para saber mais acesse www.mulhercoracao.com.br.

 

Fonte: Acontece Comunicação e Notícias

 

 

Fonte: CFM

O Conselho Federal de Medicina (CFM) encaminhou nesta quarta-feira, 10, pedido formal às autoridades brasileiras para tomada de providências urgentes no sentido de prevenir e combater diferentes situações de violência às quais os médicos e outros membros das equipes de atendimento estão sendo submetidos nos hospitais, prontos-socorros e postos de saúde, especialmente na rede pública. A iniciativa decorre da percepção de aumento significativo de relatos, denúncias e notícias de abusos desse tipo praticados em várias regiões.

No ofício encaminhado aos ministros da Justiça e Segurança Pública, Sergio Fernando Moro, e da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e também aos presidentes do Senado Federal, Davi Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, o CFM, juntamente com os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs), cobra a adoção de algumas medidas. Dentre elas, está o reforço no policiamento em áreas vizinhas e nos estabelecimentos de saúde.

A autarquia pede ainda o apoio e a adoção de medidas para combater os problemas de infraestrutura e de recursos humanos nas unidades de atendimento da rede pública. Entre os nós que têm comprometido a assistência e o trabalho das equipes estão a falta de leitos, medicamentos, insumos e equipamentos, bem como o número insuficiente de médicos e outros profissionais contratados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

ACESSE A ÍNTEGRA DOS OFÍCIOS ENVIADOS PELO CFM

Demanda – Na avaliação do CFM, a existência desse quadro tem trazido dificuldades para absorver a demanda e reduzir o tempo de espera dos pacientes. “Ressalte-se que as deficiências nesses itens, presentes em inúmeras unidades, têm contribuído para o surgimento de um clima de tensão e agressividade nos serviços, o que prejudica os trabalhos e tem levado ao adoecimento dos profissionais e até a decisão de se desligarem dos serviços”, aponta o Conselho Federal de Medicina no documento.

Outro ponto destacado pelo CFM é a necessidade de acelerar a tramitação e a votação do Projeto de Lei nº 6.749/16, ao qual está apensado o de nº 7.269/2017, cujo objetivo é tornar mais rígidas as penas para quem cometer atos de violência contra médicos e demais profissionais da saúde. A proposta está pronta para ser votada pelo plenário da Câmara dos Deputados e, se aprovada, seguir para o Senado.

“Isso seria possível pela alteração do Decreto-Lei nº 2.848 de 1940, aumentando a pena em caso de lesões corporais, visando à proteção de profissionais da saúde contra diversas formas de violência, caracterizadas por ameaças, agressões verbais e físicas e até homicídios”, destacou o 3º vice-presidente do CFM, Emmanuel Fortes.

Campanha – Além do apelo às autoridades brasileiras, o CFM, com o apoio dos CRMs, coloca no ar a partir desta quinta-feira (11), uma campanha institucional focada nos médicos orientando-os sobre como proceder em caso de serem vítimas de agressões no ambiente de trabalho. Um uma série de informes e vídeos, os profissionais recebem o passo-a-passo para denunciar os abusos. 

CONFIRA VÍDEO DA CAMPANHA DE ORIENTAÇÃO AOS MÉDICOS

O 1º Secretário do CFM e diretor de Comunicação e Imprensa do CFM, Hermann von Tiesenhausen, ressalta a preocupação do CFM a violência contra médicos e demais profissionais das equipes de atendimento em postos de saúde, serviços de urgência e emergência (prontos-socorros e UPAs) e hospitais. Segundo disse, “o convívio com a violência sob qualquer forma é incompatível com a missão de médicos e das unidades de saúde no atendimento aos brasileiros que buscam atendimento médico”.

Levantamento – Na mensagem encaminhada aos ministros e aos presidentes da Câmara e do Senado, os médicos apontam a existência de inúmeros casos de agressões físicas, de assédio moral, de tentativas de assassinato e de violência contra médicos noticiados e já denunciados à polícia em diferentes estados. No entanto, esse fenômeno pode ser ainda maior, devido à subnotificação.

Estudo realizado em 2017, pelos conselhos paulistas de Enfermagem (Coren-SP) e de Medicina (Cremesp) indicou que 59,7% dos médicos e 54,7% dos profissionais de enfermagem sofreram, por mais de uma vez, situações de violência no trabalho. Os números apontam ainda que sete em cada 10 profissionais da saúde já sofreram alguma agressão cometida por paciente ou pela família dele.

“É necessário que o poder público tome medidas com o objetivo de assegurar aos profissionais e pacientes as condições adequadas para o devido atendimento, em especial nos estabelecimentos da rede pública”, destaca o presidente do CFM, Carlos Vital.

Diante de números oficiais sobre o tema, no ofício ao ministro Sergio Moro, o CFM pede que seja feito um levantamento de denúncias registradas na Polícia Civil para dimensionar o problema, o que permitiria desenvolver estratégias mais precisas para combater a violência contra o médico.

Informar os brasileiros sobre as doenças cardiovasculares, entre elas o AVC, considerada a primeira causa de mortes no mundo. Esse é o objetivo da campanha Mulher Coração, realizada pela SBCM. Nesse, mês a campanha ganhou o reforço da atriz global Maitê Proença. “É uma importante iniciativa para mostrar a importância de hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, exercícios físicos regulares e lazer, para a prevenção dos males cardiovasculares”, pontua Maitê.

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