Um quinto (27) dos 122 municípios brasileiros que fazem fronteira com outros países não possui nenhum leito de internação disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, 93% deles não contam com leitos em Unidade de Terapia Intensiva. Nessas cidades, também é baixa a oferta de estabelecimentos e de profissionais de saúde na rede pública, e, de forma geral, é alta a incidência de doenças infectocontagiosas.

 

As informações compõem a moldura dos debates que transcorrerão durante o II Fórum de Médicos de Fronteiras, que aconteceu em Campo Grande (MS) entre os dias 3 e 4 de abril, organizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). O encontro teve como foco discutir a assistência em saúde nessa região. Entre os destaques, houve a participação de representantes das Forças Armadas, que abordaram a formação do médico militar; uma análise sobre a cooperação internacional e seu impacto no atendimento nessas áreas; e o respeito à saúde indígena.

 

"São localidades distantes dos centros urbanos e muitas vezes de difícil acesso. Nelas vivem uma população que também precisa de ter acesso a diagnósticos e tratamentos. Por isso, a oferta de serviços públicos de qualidade tem sido um desafio", alerta Carlos Vital, presidente do CFM. Durante o evento, ele e a coordenadora da Comissão de Integração de Médicos de Fronteira, conselheira Dilza Teresinha Ribeiro, apresentarão aos participantes os principais problemas enfrentados pelos médicos nos 15,7 mil quilômetros de fronteiras, onde vivem aproximadamente 3,4 milhões de brasileiros.

Estudos de uma universidade sueca concluem que ter um cão pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares, além de outros problemas de saúde. Isso ocorre em razão de os cães darem apoio e motivação para a prática de exercícios físicos.

Para os solteiros os benefícios de um cachorrinho em casa são maiores. O animal de estimação alivia a sensação de isolamento social, conforme evidenciado na análise.

Os cientistas responsáveis pelo estudo pontuam que investigações anteriores já haviam apresentado possíveis relações entre ter um cão e ser mais saudável, mas nenhuma delas com a mesma amplitude da agora anunciada, que ponderou dados de 3,4 milhões de suecos durante 12 anos.

O dado é estarrecedor. O subfinanciamento, a incompetência de certos gestores e o descaso da parte expressiva da classe política continua ampliando o número de vítimas na saúde pública do Brasil. A má notícia da semana é que somente uma, entre cada sete crianças com microcefalia, recebeu atendimento segundo todos os protocolos necessários em 2017. 

De acordo com diretriz do próprio Ministério da Saúde, o aconselhável é que esses pacientes tenham acesso à puericultura, à atenção especializada e à estimulação precoce. Entretanto, apenas 14% receberam o tratamento completo, enquanto mais da metade era assistida de forma integral entre 2015, 2016 e o início de 2017.

O retrocesso, hoje, é recorrente em todos os setores da saúde, refletindo uma política economicista que simplesmente virou as costas para ações com impacto inclusivo. A PEC 241, aprovada por 366 votos na Câmara dos Deputados há pouco mais de um ano, certamente é um dos complicadores do quadro crítico do SUS, podendo, inclusive, levar a rede pública de assistência a um colapso geral. 

O Ministério da Educação anunciou dias atrás o congelamento de vagas de medicina no País. A partir de agora, pelos próximos cinco anos, será estancada a abertura irresponsável de faculdades médicas, que ocorria há quase três décadas sem quaisquer critérios.

Lamentavelmente a medida não revoga a criação de 37 cursos aprovados pela ex-presidente Dilma Rousseff, na esteira do Programa Mais Médicos. De qualquer maneira, se olharmos somente o aspecto positivo, é um alento para o Brasil e para nossos pacientes. 

Março é um mês de importantes destaques e, ao mesmo tempo, propício para a reflexão. Uma das datas relevantes é o Dia da Mulher, 8. 

As mulheres merecem de todos nós reverência e respeito. Guerreiras, nunca abaixam a cabeça frente adversidades. Assim, colecionam, historicamente, grandes vitórias, como o direito ao voto (década de 30), emancipação (60), maior participação no mercado de trabalho e na vida política (80), além de tantas outras.

Lamentavelmente, até hoje, são estigmatizadas e descriminadas, sofrem com inúmeros preconceitos. Isso sem falar na violência doméstica e no assédio sexual, recorrentes na vida das brasileiras. 

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