Fonte: CFM

O Conselho Federal de Medicina (CFM) encaminhou nesta semana, a todos os Conselho Regionais de Medicina (CRMs), circular em que esclarece: a realização da prova do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) não é pré-requisito para a inscrição do médico no CRM. Para fazer a inscrição, explica a autarquia, o recém-formado pode apresentar a declaração ou certidão emitida pela instituição onde se formou, desde que ela seja oficial ou reconhecida pelo Ministério da Educação.

A Campanha Mulher Coração, realizada pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM), acaba de ganhar uma nova madrinha: a atriz Isabela Garcia.

O objetivo da campanha, que conta com o apoio de diversos artistas e personalidades brasileiras,  é informar a população sobre os riscos das doenças cardiovasculares, entre elas o AVC, principal causa de mortes no mundo.

“Grande parte dos eventos cardiovasculares ocorrem por falta de informações, carência de conscientização e cuidados básicos de saúde”, alerta a Isabela em vídeo gravado para a campanha.

Nas mulheres, as doenças cardiovasculares já ultrapassam as estatísticas dos tumores de mama e útero. Segundo dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), respondem por um terço das mortes no mundo, com 8,5 milhões de óbitos por ano, ou seja, mais de 23 mil mulheres por dia. Entre as brasileiras, principalmente acima dos 40 anos, as cardiopatias chegam a representar 30% das causas de morte, a maior taxa da América Latina.

“Após os 40 anos, as consultas devem ser periódicas. Além disso, o bom funcionamento do coração e do sistema vascular depende de hábitos saudáveis desde sempre, o que inclui alimentação balanceada, exercícios físicos regulares e lazer. Esses hábitos auxiliam na saúde física e mental e na redução do risco de doenças cardíacas. Também melhoram a autoestima, amenizam os sintomas da depressão e da ansiedade, e fortalecem o organismo, ocasionando aumento da qualidade de vida”, esclarece Lopes.

A campanha Mulher Coração tem como embaixadora a empresária Viviane Senna, diretora do Instituto Ayrton Senna. Com patrocínio institucional da Marjan Farma, já soma madrinhas e padrinhos como Ana Maria Braga, Aulus Selmer, Paula Lima, Neka Menna Barreto, Malu Mader, Betty Faria, Maitê Proença, e a atleta Fofão.

Saiba mais: WWW.mulhercoracao.com.br

 

No Brasil, o câncer de mama é o segundo tipo que mais atinge as  mulheres, representando cerca de 25% de todos os cânceres que afetam o sexo feminino. Por isso, a campanha Outubro Rosa tem como foco incentivar o auto-exame e também a realização de exames de rastreamento como a mamografia para ampliar as chances de diagnóstico precoce e aumentar as chances de cura.

 “Cada corpo tem uma história. O cuidado com as mamas faz parte dela” e “Embora diferentes, temos algo em comum: o cuidado com o nosso corpo” são os temas da campanha de 2019, elegidos pelo Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Embora a mortalidade por câncer de mama esteja abaixo da média mundial, o Inca alerta que o Brasil precisa avançar na prevenção e diminuição das desigualdades regionais e socioeconômicas para que o acesso ao diagnóstico e tratamento ocorra no tempo adequado. A estimativa é que até o fim do ano, sejam notificados 59.700 novos casos de câncer de mama. No mundo, mais de dois milhões de casos são descobertos ao ano e 627 mil mulheres morrem vítimas da doença. 

O câncer de mama, quando diagnosticado em seu estágio inicial, pode ter mais de 90% de chances de cura, além de permitir tratamentos menos agressivos e maior possibilidade de preservação da mama. 

A recomendação do Ministério da Saúde é que mulheres com idade entre 50 a 69 anos realizem a mamografia de rotina, uma vez a cada dois anos. Apesar da relação entre a doença e o histórico familiar da doença, os hábitos saudáveis de vida, prática regular de atividade física, combate à obesidade e sedentarismo são citados pelos médicos como fatores fundamentais para a prevenção da doença.

Nada no mundo se resolve simplesmente com quantidade. É algo básico e todos  sabemos bem. Não adianta ter uma frota de automóveis se todos estão sem bateria.  A mesa não se resolve com toneladas de alimentos caso estejam estragados. Um time não ganha campeonato com um elenco de 100 jogadores se todos são perna de pau.

Na saúde, essa premissa é mais válida do que nunca. Seguidos governos vêm criando escolas e mais escolas de medicina.

O problema é que boa parte delas oferece formação insuficiente e coloca na linha de frente profissionais que são um risco a vidas humanas e não uma solução para quem necessita de um bom médico.

Hoje temos no Brasil 339 faculdades de medicina e 470 mil médicos. Há, nos primeiros anos dos vários cursos, mais de 35 mil graduandos.  Isso significa que daqui a pouco mais de dez anos, estaremos bem próximos de contar com 1 milhão de profissionais com diploma de medicina.

De nada adianta ser recordista em faculdades e em número de médicos quando o aparelho formador é simplesmente uma máquina de fazer dinheiro, em detrimento da excelência do aprendizado. Nas faculdades particulares, o vestibular é absolutamente questionável, prejudicando uma adequada seleção.

Aliás, vemos atualmente em cursos de medicina alunos que não possuem condições mínimas para ser médico pelos mais vários fatores. A começar pela indisciplina e a falta de respeito à hierarquia.

Essa falta de valores e de compostura cidadã se reflete negativamente não apenas no relacionamento com os colegas e superiores. Existe também indisciplina no que tange à presença na própria sala de aula, crítica desmedida a professores. Por outro lado, sofremos igualmente com a carência de mestres de verdade, que sejam firmes e de princípios sólidos.

Infelizmente, quase não há o testemunho da vivência por parte de muitos daqueles que dizem ser professores.

Aliás, quando falamos em valores e postura, percebe-se que não há nem mais bom-senso. Veja, por exemplo, o que ocorre com a vestimenta. É totalmente descabida para um curso de medicina a utilização de sandálias, shorts, bermudas, entre outras peças.

Quando se usa avental, é bem comum estar inadequado à responsabilidade e ao papel de um médico. Vemos peças sujas, amassadas, jogadas em porta-malas de automóveis. Além do aspecto repugnante, que não transmite confiança nem segurança ao paciente, óbvio que há a contaminação. Isso é o mínimo que um futuro médico deve ter em mente.

Cá entre nós, vou dizer o básico, pois, quem sabe, alguns aprendem: avental deve ser vestido para a assistência, depois deixado e lavado no hospital, para que seja colocado em próxima oportunidade, ao chegar. Não é para passear no caminho de casa, inclusive de moto, ou fazendo compras no supermercado.

Enfim, tudo o que relatei agora passa por ter ou não consciência. E aqui se encaixa – inclusive – a discussão cuja resposta todos temos: quantidade não é qualidade.

Prof. Dr. Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica

*Artigo publicado originalmente no Diário do Grande ABC em Outubro de 2019

Em meados de julho, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, enviou para análise do Congresso Nacional um projeto para a criação do programa Médicos pelo Brasil. O texto, avalizado pelo Governo Federal, foi muitíssimo bem recebido pela sociedade por atacar de frente alguns problemas sérios da assistência à população.

De forma geral, solucionaria vários desvios do programa Mais Médicos. A começar pelo estabelecimento de regras transparentes e obrigatórias para a revalidação de diplomas dos graduados fora do Brasil.

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