Em 2020, o Sars-CoV-2 espalhou caos, doença e mortes pelo mundo. Não à toa, manchetes alarmantes sobre novas pandemias geram mal-estar e podem fazer muitas pessoas evitarem se informar. E o combate à desinformação é um dos pontos-chave para prevenir ou mitigar a próxima pandemia.
Na última Assembleia Mundial da Saúde, realizada pela OMS, um dia foi dedicado para debater como os países devem se preparar para enfrentá-la, que tipo de vigilância irá preveni-la e como devem ser combatidas as causas que podem tornar as pandemias mais frequentes. Os especialistas estimaram que, no pior dos cenários, haveria dois anos de trégua para o preparo deste novo enfrentamento.

Qual será a próxima? Quando e onde irá surgir?

Ainda não existem respostas a essas perguntas. Pela história, as doenças não eclodem tão rapidamente, então é provável que o patógeno da nova pandemia já esteja contaminando seres humanos ou outros animais na natureza. Existem áreas geográficas mapeadas onde existem mais fatores de risco coexistindo para que uma nova doença apareça, conhecidas como hot spots, são lugares que devem ser monitorados com maior intensidade.

Por que as pandemias podem ficar mais frequentes?
Existem fatores que facilitam o surgimento de uma nova ameaça grave à saúde humana. Mudanças climáticas, aumento da população (somos 8 bilhões!), a maior mobilidade de pessoas entre continentes em poucas horas de voo, o avanço das cidades nas proximidades de áreas selvagens, o que possibilita a interação dos seres humanos com animais e, consequentemente, maiores chances de haver um “salto” de um agente infeccioso entre as espécies.

Pandemia de desinformação

Tanto na Assembleia Mundial da Saúde quanto na 2ª Conferência FAPESP 2023, os especialistas destacaram como um dos grandes desafios para combater a próxima pandemia a disseminação de mentiras fabricadas pelos negacionistas da ciência. Esse desserviço causa resistência entre a população diante de medidas preventivas, como vacinas, higienização de mãos ou uso de máscaras.

Outros passos

A OMS lançou uma Rede de Vigilância Internacional de Patógeno com o objetivo de melhorar os sistemas de coletas de amostras, usar dados que possam contribuir com políticas públicas, facilitar o processo de decisão por gestores e compartilhar informações de maneira ampla e imediata entre a comunidade científica.
No recente evento da FAPESP, o diretor do Instituto Butantan, Esper Kallás, destacou a Missão 100 Dias em que deve ser realizada a detecção do agente infeccioso, a criação de uma forma de tratamento e o desenvolvimento de uma vacina. Tudo isso em pouco mais do que três meses.

 

Texto: Niti Takemoto

Esclarecimentos referentes à Assembleia Geral Extraordinária para mudança de Estatuto no dia 11 de novembro de 2022.


Com muita preocupação observamos circular nas redes sociais alegações infundadas sobre o assunto supra referido. Tendo em vista o conteúdo falso veiculado (“Fake News”), lamentamos voltar ao assunto, porém consideramos nosso dever, mais uma vez, para não deixar dúvidas, esclarecer o que segue.

Inicialmente as mudanças propostas na Reforma Estatutária, de maneira alguma, visam prejudicar qualquer Sociedade de Especialidade e nem nossas Federadas e nossos associados. Aliás, estas propostas estão disponíveis no site da AMB desde o dia 10 de outubro, para conhecimento de todos (Clique aqui para acessar o material de suporte à Assembleia Geral Extraordinária de Associados da AMB: Reforma do Estatuto, em 11/11/2022).

Entre outras falsas alegações, ao que parece unicamente com o objetivo de tumultuar previamente esta importante Assembleia, citam-se:

  1. “Retira-se da AG a competência de eleger os administradores da entidade”

    A eleição da Diretoria da AMB é feita trienalmente num processo livre e democrático onde votam todos os Associados ativos da AMB. Em nenhum momento a eleição dos Administradores da AMB foi efetivamente realizada pela Assembleia Geral (AG).

    Como a AG é composta de todos os associados, estas falsas alegações procuram confundir os médicos.

    Esta proposta de mudança do Estatuto visa evitar a confusão entre Administradores e Diretoria da AMB, porém mantém o direito de todos os associados elegerem a Diretoria da AMB, como não poderia deixar de ser.
  2. “Retira-se do Conselho Deliberativo a atribuição para julgar o processo eleitoral e proclamar o resultado das eleições”

    É da competência da Comissão Eleitoral, de maneira soberana, acompanhar, julgar todas as ocorrências pertinentes ao processo eleitoral e homologar o seu resultado. A posse da diretoria eleita, uma vez homologada pela Comissão Eleitoral, será dada pela Assembleia de Delegados.

  3. “Aumentam as competências e a discricionariedade da Diretoria – concentração de poder”

    Não houve nas propostas recebidas nenhum quesito que aumentasse ou concentrasse o poder da Diretoria.

  4. “As comissões consultivas deixam de integrar os órgãos de administração da AMB”.

    Isto não corresponde à verdade. Foram retiradas a Comissão de Defesa Profissional por existir uma Diretoria específica de Defesa Profissional. Igualmente, por já existir uma Diretoria de Assuntos Parlamentares que tem assessoria do recém-criado NAP (Núcleo de Atuação Parlamentar) com sede em Brasília, inclusive com Assessoria Parlamentar contratada e estrutura funcional para acompanhar todos os processos de interesse dos médicos junto aos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

  5. “Altera-se a composição do Conselho Científico ....”

    Também não procede. Na proposta de reforma Estatutária não está prevista alteração a composição do Conselho Cientifico da AMB que continua, como sempre, sendo composto pelos presidentes das 54 Sociedades de Especialidades (artigo 71 do atual estatuto).

  6. “Os departamentos, passariam a ser constituídos mediante convênio com entidades especializadas de âmbito nacional ...”

    Não há proposta de mudança neste artigo. Isto já é parte integrante do atual Estatuto – artigo 72 (de 2015).

  7. “A concessão do TE ficaria submetida a regulamento próprio, elaborado pela AMB, diminuindo a participação do CFM ....”

    Cabe esclarecer que a competência de concessão do Título de Especialista é exclusiva da AMB e de suas 54 Sociedades de Especialidades. O Conselho Federal de Medicina é responsável pelo Registro da Qualificação do Especialista (RQE) mediante o Certificado de Conclusão da Residência Médica em programa reconhecido pela CNRM ou o Título de Especialista concedido pela Sociedade de Especialidade e chancelado pela AMB.

    Por fim, gostaríamos de lamentar este tipo de atitude e para tanto reiteramos o que já mencionamos em outras oportunidades. As propostas recebidas foram devidamente publicadas e podem ser acessadas no site da AMB (https://amb.org.br/noticias/convocacao-para-aassembleia-geral-extraordinaria-da-amb/?_thumbnail_id=31467).

    E não há, em nenhuma das propostas recebidas e compartilhadas para discussão em Assembleia, qualquer proposição de alteração estatutária que implique na imposição de cobranças associativas ou violação da autonomia das Sociedades de Especialidade como aduzido nas redes sociais.

    Por tudo pelo aqui exposto, reforçamos que a AMB tem pautado sua gestão com o compartilhamento de projetos, o aperfeiçoamento dos seus fluxos e o respeito ao contraditório, merecendo ressaltar que em nenhum momento a AMB tomou qualquer medida que pudesse prejudicar qualquer Sociedade de Especialidade, como alegado pelos subscritores do ofício ora respondido publicamente.

    Considerando o exposto, a Associação Médica Brasileira se coloca à disposição de todas as Sociedade de Especialidade e Federadas, para questionamentos adicionais que possam dirimir qualquer dúvida quanto à nossa honestidade de propósitos e aos esclarecimentos aqui prestados.

    Era o que, mais uma vez, temos a expor e esclarecer.

    Diretoria AMB




    Clique aqui para baixar o arquivo

O aumento de casos positivos para a Varíola dos Macacos, uma zoonose que é transmitida de um animal para um humano e que já existe algum tempo, tem chamado a atenção da comunidade médica e da sociedade em geral nos últimos dias.

A doença não tem relação direta com os macacos. A disseminação do vírus acontece através de esquilos e pequenos roedores. 

A TRANSMISSÃO ocorre por contato com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos contaminados recentemente, assim como também por meio de fluídos corporais, que inclui relações sexuais. 

Entre os SINTOMAS há presença de dores musculares, nas costas e de cabeça, febre, calafrios, exaustão e linfonodomegalia (aumento do tamanho dos linfonodos). As erupções iniciais se assemelham com outras doenças como sífilis ou varicela e iniciam no rosto, mas se espalham pelo corpo, incluindo a região intima.

A INCUBAÇÃO dura entre 5 a 21 dias, com maior incidência entre 6 e 16 dias após o contágio e pode ser transmitida desde o início dos sintomas até a fase final do desaparecimento das crostas.

Outras DOENÇAS ASSOCIADAS podem se manifestar durante a infecção por varíola dos macacos como a pneumonia, encefalite e infecção das córneas.

Ainda não há TRATAMENTO específico para a Varíola dos Macacos, apenas para os cuidados dos sintomas.

A VACINA contra a varíola (comum) tem 85% de eficácia contra a Varíola dos Macacos. E a doença é considerada uma emergência global e não uma pandemia, segundo a Organização Mundial de Saúde.

Ao menor sinal da doença, procure ajuda médica!

 

Texto: Jornalista Carina Gonçalves - MTB: 48326

 

A DISPNEIA é um quadro comum em grande parcela da população e apresenta irregularidade ou dificuldade em respirar, com diferentes motivações e frequências.

Pode ter como CAUSA fatores como: sobrepeso e sedentarismo, altitude, atividade física, ansiedade, doenças cardíacas ou asma, pneumonia e doença pulmonar obstrutiva (DPOC) que podem afetar diretamente a frequência cardíaca e respiratória.

Entre os SINTOMAS, o paciente pode apresentar cansaço, aperto no peito, tosse, respiração irregular ou acelerada.

O DIAGNÓSTICO pode ser realizado pelo Médico Clínico durante a anamnese e com exames complementares, se necessário.

As CRISES de dispneia não duram muito e tende a melhorar em pouco tempo, mas é necessária atenção médica para identificar os gatilhos e orientação para o melhor tratamento.

O TRATAMENTO pode incluir medicamentos, fisioterapia respiratória e a prática de atividades físicas.

Se o PACIENTE apresentar outros sintomas associados como, por exemplo, os dedos ou lábios azulados, dores no peito que irradiam para as costas, pescoço ou mandíbula, é importante procurar ajuda médica imediata.

 

Texto: Jornalista Carina Gonçalves - MTB: 48326

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